“Who Killed the KLF?” utiliza uma variedade de imagens inéditas para explorar a ascensão e queda dos KLF nos anos 80 e 90 do século passado, abordando temas que captam na perfeição o espírito do tempo neste nosso século XXI.

O filme é um objecto fascinante que nos leva de encontro às maquinações não apenas de Jimmy Cauty e Bill Drummond (os elementos da banda), mas também da própria Arte, Cultura e capitalismo. Combinando imagens de arquivo e re-encenações, seguimo-los em viagens improvisadas à Suécia para “encontrar os ABBA”, a ilhas perdidas na Escócia com jornalistas feitos “reféns”, ou a Espanha para assistir à banda a gastar quantias absurdas de dinheiro para fazer um filme sem guião. 

Para além deste lado excêntrico da dupla, o filme mostra-nos também a história do seu sucesso, feito de êxitos avassaladores como “What Time is Love?”, idas frequentes ao Top of the Pops e concertos em raves gigantescas - chegando ao seu zénite dramático com a sua melhor (ou pior) proeza até hoje: depois de, literalmente, queimarem um milhão de libras e atirarem um carro por um penhasco abaixo e prometerem nunca, mas nunca vir a explicar tais gestos. Uma história cuja intriga só é superada pela absoluta absurdidade e que vai, de certeza, deixar todos aqueles que vêem o filme igualmente fascinados e chocados.